quarta-feira, 10 de março de 2010

Medicina em Jequié. Política em Jequié.

Ano de eleição. São propostas lindas, outdoors e estatísticas convincentes da situação pra mostrarem o porque devem continuar no poder. E nós? Nos acostumamos a pensar que agora é a hora de correr atrás das prefeituras, governos de estado e país pra buscarmos as ações, pois sabemos que agora eles querem “mostrar serviço” na busca da reeleição.
Agimos todos como se nossos representantes estivessem fazendo um favor em cada obra terminada, cada casa entregue ou professor contratado. Esse blá blá blá, essas verdades que basta ser cidadão comum pra saber me servem apenas de introdução pra eu contar um caso recente do descaso público.
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia criou no segundo semestre de 2009 seu curso de Medicina, o problema é que o fez sem condições para isso. Agora no inicio do segundo semestre em três semanas de iniciado o ano letivo os alunos só tiveram uma única aula.Além dos problemas compartilhados por todos os estudantes,como a falta de salas, os de Medicina sofrem com a falta de professores, laboratórios, livros ou qualquer estrutura tornando-se dependentes da boa vontade de professores já sobrecarregados pelos outros cursos.
Segundo a própria reitoria da UESB, em 1995 se inicia a movimentação em busca das faculdades de Medicina e Odontologia, aprovadas em 2003 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Uesb. Se considerarmos que estamos em 2010 a Universidade deveria ter a mínima estrutura pra esses e para os outros cursos, além de lugar para pesquisa e extensão. O mais estarrecedor é o fato de Medicina ter sido aberto mesmo com o curso de Odontologia ( aberto em 2004) estar até hoje funcionando com os problemas do início, mesmo após reivindicações constantes inclusive com vaias ao governador durante a aula inaugural dos alunos de Medicina ( vaias ignoradas por Jaques Wagner).
A comunidade considera uma vitória a possibilidade de melhoria nos atendimentos médico-odontológicos, porém esse sonho esta em risco já que uma das propostas dos estudantes é o fechamento do curso e o remanejamento dos estudantes entres as outras estaduais, caso os problemas da unidade de Jequié não sejam logo resolvidos.
Ano de eleição. Os estudantes estão na mídia local, já procuraram vereadores, deputados e prefeito em busca de apoio, foram para Vitória da Conquista fazer manifestação e virão até Salvador se necessário e é lógico que será. É a hora propícia pra fazer barulho e pra fazer algo mudar. Espero que os políticos pelo menos agora que estão contra a parede escutem a nossa voz e percebam que o interior também vota e nem sempre é pelo cabresto.

por Dani Rodrigues.

domingo, 12 de abril de 2009

A Unificação traz a força!

Já debati isso muito em comunidades e fóruns, então pude perceber que não existe uma mudança que seja implantada perfeitamente sem que solucione problemas e gerem outros. A exclusão irá continuar de certa forma, afinal é utopia achar que qualquer aluno que não tiver score o suficiente pra passar em seu estado, terá condições de ir morar em outro lugar. Mas eu acho que o problema o qual estão tentando solucionar, poderá trazer sim bons resultados. A maioria dos universitários ingressos atualmente são ótimos calculadores e enciclopédias, mas ao lidar com situações problemas ou aplicabilidade do conteúdo, não conseguem desenvolver um raciocínio lógico que os sane. Daí muitos saem por não terem condições de permanecer ou então se formam às duras penas aumentando o número do exercito de reserva dos profissionais não bem qualificados. Claro que isso não atinge a todos, mas é uma realidade muito mais frequente do que imaginamos.

A iniciativa de modificar o vestibular não é solucionar todos os problemas da Educação no Brasil, ainda está muito longe disso, mas é sim selecionar perfis mais adequados ao que se exigem nas universidades, pessoas que tenham conteúdo, mas o mais importante: saibam canaliza-lo. O que de certa forma daria mais espaço aos estudantes que não tiveram acesso a um bom cursinho, ou um bom colégio, mas que tem capacidade de dimensionar melhor o conhecimento o qual pode adquirir; problema recorrente nas universidades. E sendo até um pouco mais utópico, partindo da ideia que maioria das escolas, tanto públicas quanto particulares, se baseiam no que é cobrado no vestibular para organizarem a grade curricular, essa mudança do vestibular pode trazer algumas mudanças na forma como o ensino é processado em algumas escolas. Isso não salva o governo, claro, de resolver a deficiência do ensino básico, mas pode sim ser um pontapé para alguma mudança, às avessas, mas é uma mudança o que exige um começo. Eu só acho precipitada a velocidade com a qual isso está ocorrendo ninguém estava preparado para isso.

Nem alunos, nem algumas instituições estão estruturados para essa mudança tão repentina. Acho que esse ano deveria ser feito somente com teste. Para as pessoas entenderem de verdade o que passará a ser exigido neste processo seletivo, afinal está tudo muito vago. A única referência que temos é o exame do SAT, que é exatamente um intermediário entre o "decoreba" do vestibular e as questões de raciocínio lógico exigidas pelo ENEM que conhecemos, não é lá um exemplo de avaliação, mas dão certo em outros países, quando são avaliados dentre outros critérios.

O Brasil é um dos países que mais se estuda física no ensino médio (em termos de quantidade de assunto), mas metade dos alunos não sabem, verdadeiramente, o significado de cada fórmula, só sabem "aplicá-las", ou melhor, substituir valores.

Aqui tudo é estudado superficialmente, enquanto outros países que não diversificam tanto em seu conteúdo, sabem aplicar e desenvolver projetos a partir de noções básicas de física. Isso é muito problemático no Brasil, pois além de falta de investimento do governo, temos a dificuldade de encontrar profissionais qualificadas para desenvolver conhecimento científico dentro das universidades, o que quase que não é feito! Estamos em 66° colocação dentre os países que produzem conhecimento científico, pode parecer nada mal para um país o qual foi colônia de exploração, mas é pouco pra o que sabemos que podemos fazer. Basta condicionar os estudantes a este tipo de enfoque. Como eu disse, sei que estamos longe de chegar a um patamar exemplar de educação, mas acho que adequar o perfil do estudante a aquilo que realmente se necessita nas universidades, irá fazer valer o próprio significado de Universidade.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A maquina dos sonhos

O tempo passa, engole agente.Ontem eu era criança...Ainda sou, mas não devo ser mais.
Temos a obrigação da vitória, até mesmo quando a luta não é nossa, quando não há desejo de briga. Será que seriamos mais generosos sem tantos olhos nos seguindo? Tantos a espera de um erro, outros colocando os sonhos sobre nossas costas.
Ah, o sonho!!!! Tão abstrato e tão concreto, tanta fé e tanto medo. Pra que? Somente pra continuar vivendo com fé e em cada fase um medo diferente. Não somos mais que isso... A maquina dos sonhos, que enferruja com o e medo e renasce com a esperança.

por Dani

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

alegria é o estado que chamamos Bahia

Bahia. Terra que tomei pra minha casa e a qual não pretendo deixar.

Chame Gente
de Moraes Moreira


Ah! imagina só que loucura essa mistura
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano, o baiano é carnaval
Do corredor da história, Vitória, Lapinha, Caminhos de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue, Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo-Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar

Por isso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
Ah!...a praça e o poeta.

Por Dani

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Um começo...com 20 centavos a mais

Como o grupo de marketing de um banco observou sagazmente entramos em 2000INOVE, mas as coisas já não começaram muito diferentes para a vida política de Salvador. Acordamos dia 1º com o mesmo prefeito, mas com a tarifa de ônibus 20 centavos mais cara. Essa já esta se tornando uma tradição na cidade, aproveitar – se das férias escolares e da ressaca do dia 1º para aumentar a tarifa. Não se pode negar que os dirigentes em Salvador são historicamente eficientes em desmobilizar a população, vide a distancia entres os campus da UFBA e o tempo de antecedência que se interdita os colégios mais politicamente ativos em época de eleição. A câmara de vereadores esta renovada quase em 50 % , e esperamos ver se pelo menos lá existe alguma diferença.

Eu e mais quatro estudantes estávamos na porta da câmara para protestar contra o aumento, porém nossa voz era inaudível se comparada a das pessoas que estavam lá para saldar o não- tão- novo- assim prefeito, pessoas que receberam 20 reais (segundo estavam dizendo por lá) e fizeram o seu trabalho muito bem já que saudaram, gritaram João e nos vaiaram logo depois dizendo que 20 centavos não faz tanta diferença assim. Por incrível que pareça nós estudantes tivemos que nos aproximar da policia e nos afastar da pessoas comuns, como nós.

Ver que o prefeito paga pra ser aclamado, ouvir uma vereadora dizer que foi surpreendida com o anuncio do aumento e ver um amigo seu abraçar ACM Neto e dizendo “ parabéns , uma chance de roubar de novo” e ver que o “grampinho” sorri ao ouvir isso não da muita esperança nesse ciclo político.

Sinto que até os mais revolucionários estão esmorecendo, será estamos nos vendendo ao pão e circo?? O show da Daniela Mercury ontem foi muito bom, não posso mentir, devo dizer também que depois de uma manifestação fracassada , ver o por do Sol ,ouvir musica boa e tomar um açaí da vontade de viver 2009, inovar mesmo, já ter que lutar contra aqueles que deviam nos representar, ser nossa voz e ao invés disso exibem seus ternos e carros, da vontade de dormir, vegetar um pouquinho em 2009, e a inovação que se exploda.


Obs:. Reunião extraordinária na Câmara de vereadores aberta ao publico para discutir o aumento dia 7 de janeiro, provavelmente começando as 9 da manha, mas o horário ainda não esta confirmado.


Por Dani Rodrigues

sábado, 30 de agosto de 2008

Escolhas

Cheguei a uma fase inevitável da vida, e complicada para muitos: a escolha de uma profissão! Acredito que muito mais do que escolher o que fazer no vestibular, no final do ano, é preciso olhar para dentro de si e buscar o que realmente se deseja executar durante toda a sua vida. Levamos vários critérios em consideração, desde gosto pessoal, passando pelo retorno financeiro e caindo na opinião dos outros. Mas por que será que levamos isso tudo tão a sério? Será que isso é tão importante assim como imaginamos?

Acreditamos piamente que nossas escolhas nos acompanham pro resto da vida. Idéia completamente equivocada, afinal ninguém nunca nos disse que somos proibidos de recomeçar. Enquanto houver tempo, sempre existirá a possibilidade de mudar. Desta forma, nos remete a reflexão, então, de qual caminho devemos trilhar.

Alguns perdem noites (e cabelos) pensando no que fazer da vida, encarando isso como uma decisão crucial. Outros ainda se preocupam com que os pais, parentes e/ou amigos vão pensar das suas escolhas. Isso acabado os induzindo a optar por profissões clichês, imaginado que não vai ter erro. Como se o sucesso fosse uma fórmula pronta. Tolice. Vemos sempre exemplos de advogados e médicos medíocres, que não conseguem nem o básico para sobreviver. Enquanto alguns marceneiros (nada contra, claro) que são excelentes no que fazem e ganham muito bem pelo seu perfeito trabalho.

Como os números não mentem, a única certeza que temos é que devido à extrema competitividade do mercado de trabalho, conseguir um emprego “digno” está cada vez mais difícil, por isso é preciso ser muito bom no que se faz. Muito bom mesmo! E se pensarmos mais um pouco, vamos perceber que ninguém é exemplar naquilo que não gosta, afinal um bom preguiçoso jamais seria um bom maratonista, não é verdade? Acredito que alguma escolha deve ser feita. Não podemos ficar o resto de nossas vidas dependendo dos pais ou parentes. A liberdade só se conquista com a independência financeira, visto que a liberdade é o alvo da maioria dos jovens (se não de sua totalidade).

Foi-se época em que arranjar marido (ou esposa) rico era a mais segura, se não a única, alternativa de ascensão socioeconômica. Encaremos nossos futuros como possibilidade de transformação através do que amamos fazer. Teremos êxito seja no que for desde que sejamos competentes nisto. Na vida, escolhas são inevitáveis, porém imprescindíveis. Elas devem ser levadas a sério, afinal estamos tratando das nossas vidas, mas nunca esquecendo que nada é eterno, nada é definitivo e sendo assim podemos mudar sim, e sempre!

By: Paulo Hugo (PH)

domingo, 10 de agosto de 2008



Essa coisa de solidariedade acaba comigo as vezes. Me disseram que eu deveria ficar feliz em “ajudar o próximo” ,mas não é isso que eu sinto, pelo contrario, me sinto triste e inconformada.

Hoje fui com alguns amigos a uma comunidade pobre fazer a entrega de umas roupas usadas, e claro conversamos com as pessoas. Ouvimos coisas como:

- Tudo que eu tinha pedido a Deus era uma geladeira, agora que a irmã me deu , ela é a princesinha da minha casa!

- Eu pedi tanto a Deus e a moça de Villas me deu um fogão , eu chorei tanto de felicidade.

- Muito obrigada de coração, a roupa de vocês vai cobrir nossos filhos e netos.

Essas pessoas vivem esperando pelo dia em que o centro comunitário vai chama-las para ganhar o que nos sobra, o excesso do nosso consumismo( pra não usar o termo resto).

Só por observação, não estou dizendo que é errado fazer doações, (isso é o que nosso comodismo nos permite fazer por enquanto) infelizmente é necessário dar, porque essa pessoas não podem comprar realmente. Os solidários dão um passo pelo menos, fazem algum tipo de divisão. Não é a divisão ideal, mas é real e pessoas passam a ter o que vestir e comer pelo menos por algum tempo.

Mas o fato é que deveria ser inaceitável que essa grande maioria, que a cada dia passa a ser mais maioria ainda (já que mulheres de 35 tem filhas de 17 com filhos de 2 anos), não tenha condições para suportar sua família com o próprio trabalho. Trabalhador que “rala” o dia todo pra receber uma remuneração ínfima e ouvir que só sobe na vida quem batalha.

Meu amigo disse que estava feliz por ajudar as pessoas. Feliz? Por mais hipócrita, utópico ou falso que esse texto pareça, eu me sinto desconfortável em frente a esse computador que me da acesso a qualquer tipo de informação enquanto reproduzimos a pobreza e a miséria falando àqueles que tem necessidade de tudo, que Deus vai ajuda-los a ter o que comer.

O que precisamos todos entender é que ficar parado rezando não vai mudar muita coisa , é necessário fazer algo diferente. Não sei o que ou como.Só faço a mesma pergunta que a Mafalda : - E se tudo estiver errado???



Esse é mais um texto pra mim do que pra informar alguém...por isso obrigada por ler XD