Ano de eleição. São propostas lindas, outdoors e estatísticas convincentes da situação pra mostrarem o porque devem continuar no poder. E nós? Nos acostumamos a pensar que agora é a hora de correr atrás das prefeituras, governos de estado e país pra buscarmos as ações, pois sabemos que agora eles querem “mostrar serviço” na busca da reeleição.
Agimos todos como se nossos representantes estivessem fazendo um favor em cada obra terminada, cada casa entregue ou professor contratado. Esse blá blá blá, essas verdades que basta ser cidadão comum pra saber me servem apenas de introdução pra eu contar um caso recente do descaso público.
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia criou no segundo semestre de 2009 seu curso de Medicina, o problema é que o fez sem condições para isso. Agora no inicio do segundo semestre em três semanas de iniciado o ano letivo os alunos só tiveram uma única aula.Além dos problemas compartilhados por todos os estudantes,como a falta de salas, os de Medicina sofrem com a falta de professores, laboratórios, livros ou qualquer estrutura tornando-se dependentes da boa vontade de professores já sobrecarregados pelos outros cursos.
Segundo a própria reitoria da UESB, em 1995 se inicia a movimentação em busca das faculdades de Medicina e Odontologia, aprovadas em 2003 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Uesb. Se considerarmos que estamos em 2010 a Universidade deveria ter a mínima estrutura pra esses e para os outros cursos, além de lugar para pesquisa e extensão. O mais estarrecedor é o fato de Medicina ter sido aberto mesmo com o curso de Odontologia ( aberto em 2004) estar até hoje funcionando com os problemas do início, mesmo após reivindicações constantes inclusive com vaias ao governador durante a aula inaugural dos alunos de Medicina ( vaias ignoradas por Jaques Wagner).
A comunidade considera uma vitória a possibilidade de melhoria nos atendimentos médico-odontológicos, porém esse sonho esta em risco já que uma das propostas dos estudantes é o fechamento do curso e o remanejamento dos estudantes entres as outras estaduais, caso os problemas da unidade de Jequié não sejam logo resolvidos.
Ano de eleição. Os estudantes estão na mídia local, já procuraram vereadores, deputados e prefeito em busca de apoio, foram para Vitória da Conquista fazer manifestação e virão até Salvador se necessário e é lógico que será. É a hora propícia pra fazer barulho e pra fazer algo mudar. Espero que os políticos pelo menos agora que estão contra a parede escutem a nossa voz e percebam que o interior também vota e nem sempre é pelo cabresto.
por Dani Rodrigues.
quarta-feira, 10 de março de 2010
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