quarta-feira, 26 de maio de 2010
Coletivos são, de forma geral, a união de pessoas por algum motivo em comum. Podemos dividi-los em culturais ( ou artísticos), ativistas ou híbridos como fala Ricardo Rosa no forumpermanente (dentro do portal da fapesp) . Eles (os coletivos) nascem por ai sem precisar necessariamente de embasamento teórico ou "registro em cartório". Segundo Ricardo Rosa "[...] vários coletivos brasileiros contemporâneos surgem da ativa cena de intervenção urbana espalhada por todo o país. Herdeira em parte da arte da performance, do happening e da body art, e compartilhando um certo culto por ícones da arte brasileira dos anos 1960-70 [...], trocava informações e se organizava via Internet, por contato de e-mail, e em espaços e festivais como o Prêmio ‘Interferências Urbanas’, no Rio de Janeiro, e os encontros ‘Perdidos no Espaço’, em Porto Alegre. "
Existem vários "tipos" de coletivos feministas ou outros que não são necessariamente ligados a lutas clássicas do movimento feminista , mas que discutem questões ligadas ao gênero feminino.
Existem coletivos feministas que são grupos dentro de outros movimentos. O coletivo feminista ligado ao DCE ( diretório central dos estudantes) da Universidade Federal da Bahia e o coletivo mulheres da UFRGS nascem no meio político-acadêmico. Há também coletivos ligados a partidos políticos como o Coletivo Rosa Luxemburgo que foca suas ações em defesa das mulheres, mas voltando sua atenção primariamente às mulheres operárias e o coletivo Ana Montenegro ligado ao Partido Comunista que prega a ação feminista-socialista.
No cenário baiano podemos destacar o coletivo Maria Quitéria, que atua em Jequié, promovendo debates e palestras, demonstrando que as mulheres também buscam seu espaço fora das grandes capitais e coletivo Marias que trabalha em Salvador também promovendo debates e ações pra dar voz as causas feministas.
Podemos destacar o coletivo GAFeminista de Florianópolis, cidade com tradição nas lutas feministas . O coletivo é formado por homens e mulheres com vontade de discutir questões de gênero em geral.
O coletivo feminista sexualidade e saúde tem uma longa história de "crítica ao modelo médico clássico da gineco-obstetrícia" , ele busca uma humanização do parto e dos tratamentos à mulher em geral. Na luta desde 1985 o coletivo tem produção de cartilhas, teses, dissertações, artigos, material didático e até um livro, o "SAÚDE DAS MULHERES: EXPERIÊNCIA E PRÁTICA DO COLETIVO FEMINISTA SEXUALIDADE E SAÚDE". Com mais de 6.000 usuárias o coletivo continua "propondo uma ‘medicina suave’ – dos tratamentos naturais e menos agressivos – e de preocupação com o conhecimento do corpo como um dos elementos centrais para a saúde."
Os coletivos servem também para integrar mulheres de muitos lugares e vertentes ideológicas distintas, por exemplo, quando se relacionam por uma causa comum como foi ocaso de repúdio ao texto "Carta aberta a Luiza " de Henrique Goldman , o que acarretou no documento "POR UMA MÍDIA RESPONSÁVEL E NÃO-DISCRIMINATÓRIA CARTA ABERTA AO COLUNISTA HENRIQUE GOLDMAN E À REVISTA TRIP" assinado por 169 grupos ( como coletivos, partidos e associações), além de 649 cidadãos individualmente que exigem uma retratação pública de autor e empresa por banalizar o crime de estupro.
A ação conjunta dos coletivos pode ser também feita em manifestações como a do dia 8 de março do ano corrente em que as mulheres foram as ruas de SP lutar por "Bandeiras históricas como a socialização do trabalho doméstico, salário igual para trabalho igual, o combate à violência, a reivindicação de creches para todas as crianças e o direito ao aborto [...]" O evento uniu dezenas de grupos feministas.
A partir de tantos coletivos e ações fica evidente que existem pessoas mobilizadas pra lutar pelos seus direitos, mais precisamente o direito das mulheres. É preciso agir contra uma sociedade cheia de discriminações, inclusive sexista, então, leitoras e leitores é só se engajar na busca de justiça!
quarta-feira, 10 de março de 2010
Medicina em Jequié. Política em Jequié.
Agimos todos como se nossos representantes estivessem fazendo um favor em cada obra terminada, cada casa entregue ou professor contratado. Esse blá blá blá, essas verdades que basta ser cidadão comum pra saber me servem apenas de introdução pra eu contar um caso recente do descaso público.
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia criou no segundo semestre de 2009 seu curso de Medicina, o problema é que o fez sem condições para isso. Agora no inicio do segundo semestre em três semanas de iniciado o ano letivo os alunos só tiveram uma única aula.Além dos problemas compartilhados por todos os estudantes,como a falta de salas, os de Medicina sofrem com a falta de professores, laboratórios, livros ou qualquer estrutura tornando-se dependentes da boa vontade de professores já sobrecarregados pelos outros cursos.
Segundo a própria reitoria da UESB, em 1995 se inicia a movimentação em busca das faculdades de Medicina e Odontologia, aprovadas em 2003 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Uesb. Se considerarmos que estamos em 2010 a Universidade deveria ter a mínima estrutura pra esses e para os outros cursos, além de lugar para pesquisa e extensão. O mais estarrecedor é o fato de Medicina ter sido aberto mesmo com o curso de Odontologia ( aberto em 2004) estar até hoje funcionando com os problemas do início, mesmo após reivindicações constantes inclusive com vaias ao governador durante a aula inaugural dos alunos de Medicina ( vaias ignoradas por Jaques Wagner).
A comunidade considera uma vitória a possibilidade de melhoria nos atendimentos médico-odontológicos, porém esse sonho esta em risco já que uma das propostas dos estudantes é o fechamento do curso e o remanejamento dos estudantes entres as outras estaduais, caso os problemas da unidade de Jequié não sejam logo resolvidos.
Ano de eleição. Os estudantes estão na mídia local, já procuraram vereadores, deputados e prefeito em busca de apoio, foram para Vitória da Conquista fazer manifestação e virão até Salvador se necessário e é lógico que será. É a hora propícia pra fazer barulho e pra fazer algo mudar. Espero que os políticos pelo menos agora que estão contra a parede escutem a nossa voz e percebam que o interior também vota e nem sempre é pelo cabresto.
por Dani Rodrigues.
domingo, 12 de abril de 2009
A Unificação traz a força!
A iniciativa de modificar o vestibular não é solucionar todos os problemas da Educação no Brasil, ainda está muito longe disso, mas é sim selecionar perfis mais adequados ao que se exigem nas universidades, pessoas que tenham conteúdo, mas o mais importante: saibam canaliza-lo. O que de certa forma daria mais espaço aos estudantes que não tiveram acesso a um bom cursinho, ou um bom colégio, mas que tem capacidade de dimensionar melhor o conhecimento o qual pode adquirir; problema recorrente nas universidades. E sendo até um pouco mais utópico, partindo da ideia que maioria das escolas, tanto públicas quanto particulares, se baseiam no que é cobrado no vestibular para organizarem a grade curricular, essa mudança do vestibular pode trazer algumas mudanças na forma como o ensino é processado em algumas escolas. Isso não salva o governo, claro, de resolver a deficiência do ensino básico, mas pode sim ser um pontapé para alguma mudança, às avessas, mas é uma mudança o que exige um começo. Eu só acho precipitada a velocidade com a qual isso está ocorrendo ninguém estava preparado para isso.
Nem alunos, nem algumas instituições estão estruturados para essa mudança tão repentina. Acho que esse ano deveria ser feito somente com teste. Para as pessoas entenderem de verdade o que passará a ser exigido neste processo seletivo, afinal está tudo muito vago. A única referência que temos é o exame do SAT, que é exatamente um intermediário entre o "decoreba" do vestibular e as questões de raciocínio lógico exigidas pelo ENEM que conhecemos, não é lá um exemplo de avaliação, mas dão certo em outros países, quando são avaliados dentre outros critérios.
O Brasil é um dos países que mais se estuda física no ensino médio (em termos de quantidade de assunto), mas metade dos alunos não sabem, verdadeiramente, o significado de cada fórmula, só sabem "aplicá-las", ou melhor, substituir valores.
Aqui tudo é estudado superficialmente, enquanto outros países que não diversificam tanto em seu conteúdo, sabem aplicar e desenvolver projetos a partir de noções básicas de física. Isso é muito problemático no Brasil, pois além de falta de investimento do governo, temos a dificuldade de encontrar profissionais qualificadas para desenvolver conhecimento científico dentro das universidades, o que quase que não é feito! Estamos em 66° colocação dentre os países que produzem conhecimento científico, pode parecer nada mal para um país o qual foi colônia de exploração, mas é pouco pra o que sabemos que podemos fazer. Basta condicionar os estudantes a este tipo de enfoque. Como eu disse, sei que estamos longe de chegar a um patamar exemplar de educação, mas acho que adequar o perfil do estudante a aquilo que realmente se necessita nas universidades, irá fazer valer o próprio significado de Universidade.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A maquina dos sonhos
Temos a obrigação da vitória, até mesmo quando a luta não é nossa, quando não há desejo de briga. Será que seriamos mais generosos sem tantos olhos nos seguindo? Tantos a espera de um erro, outros colocando os sonhos sobre nossas costas.
Ah, o sonho!!!! Tão abstrato e tão concreto, tanta fé e tanto medo. Pra que? Somente pra continuar vivendo com fé e em cada fase um medo diferente. Não somos mais que isso... A maquina dos sonhos, que enferruja com o e medo e renasce com a esperança.
por Dani
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
alegria é o estado que chamamos Bahia
Chame Gente
de Moraes Moreira
Ah! imagina só que loucura essa mistura
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano, o baiano é carnaval
Do corredor da história, Vitória, Lapinha, Caminhos de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue, Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo-Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar
Por isso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
Ah!...a praça e o poeta.
Por Dani
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Um começo...com 20 centavos a mais
Como o grupo de marketing de um banco observou sagazmente entramos em 2000INOVE, mas as coisas já não começaram muito diferentes para a vida política de Salvador. Acordamos dia 1º com o mesmo prefeito, mas com a tarifa de ônibus 20 centavos mais cara. Essa já esta se tornando uma tradição na cidade, aproveitar – se das férias escolares e da ressaca do dia 1º para aumentar a tarifa. Não se pode negar que os dirigentes em Salvador são historicamente eficientes em desmobilizar a população, vide a distancia entres os campus da UFBA e o tempo de antecedência que se interdita os colégios mais politicamente ativos em época de eleição. A câmara de vereadores esta renovada quase em 50 % , e esperamos ver se pelo menos lá existe alguma diferença.
Eu e mais quatro estudantes estávamos na porta da câmara para protestar contra o aumento, porém nossa voz era inaudível se comparada a das pessoas que estavam lá para saldar o não- tão- novo- assim prefeito, pessoas que receberam 20 reais (segundo estavam dizendo por lá) e fizeram o seu trabalho muito bem já que saudaram, gritaram João e nos vaiaram logo depois dizendo que 20 centavos não faz tanta diferença assim. Por incrível que pareça nós estudantes tivemos que nos aproximar da policia e nos afastar da pessoas comuns, como nós.
Ver que o prefeito paga pra ser aclamado, ouvir uma vereadora dizer que foi surpreendida com o anuncio do aumento e ver um amigo seu abraçar ACM Neto e dizendo “ parabéns , uma chance de roubar de novo” e ver que o “grampinho” sorri ao ouvir isso não da muita esperança nesse ciclo político.
Sinto que até os mais revolucionários estão esmorecendo, será estamos nos vendendo ao pão e circo?? O show da Daniela Mercury ontem foi muito bom, não posso mentir, devo dizer também que depois de uma manifestação fracassada , ver o por do Sol ,ouvir musica boa e tomar um açaí da vontade de viver 2009, inovar mesmo, já ter que lutar contra aqueles que deviam nos representar, ser nossa voz e ao invés disso exibem seus ternos e carros, da vontade de dormir, vegetar um pouquinho em 2009, e a inovação que se exploda.
Obs:. Reunião extraordinária na Câmara de vereadores aberta ao publico para discutir o aumento dia 7 de janeiro, provavelmente começando as 9 da manha, mas o horário ainda não esta confirmado.
Por Dani Rodrigues
sábado, 30 de agosto de 2008
Escolhas
Acreditamos piamente que nossas escolhas nos acompanham pro resto da vida. Idéia completamente equivocada, afinal ninguém nunca nos disse que somos proibidos de recomeçar. Enquanto houver tempo, sempre existirá a possibilidade de mudar. Desta forma, nos remete a reflexão, então, de qual caminho devemos trilhar.
Alguns perdem noites (e cabelos) pensando no que fazer da vida, encarando isso como uma decisão crucial. Outros ainda se preocupam com que os pais, parentes e/ou amigos vão pensar das suas escolhas. Isso acabado os induzindo a optar por profissões clichês, imaginado que não vai ter erro. Como se o sucesso fosse uma fórmula pronta. Tolice. Vemos sempre exemplos de advogados e médicos medíocres, que não conseguem nem o básico para sobreviver. Enquanto alguns marceneiros (nada contra, claro) que são excelentes no que fazem e ganham muito bem pelo seu perfeito trabalho.
Como os números não mentem, a única certeza que temos é que devido à extrema competitividade do mercado de trabalho, conseguir um emprego “digno” está cada vez mais difícil, por isso é preciso ser muito bom no que se faz. Muito bom mesmo! E se pensarmos mais um pouco, vamos perceber que ninguém é exemplar naquilo que não gosta, afinal um bom preguiçoso jamais seria um bom maratonista, não é verdade? Acredito que alguma escolha deve ser feita. Não podemos ficar o resto de nossas vidas dependendo dos pais ou parentes. A liberdade só se conquista com a independência financeira, visto que a liberdade é o alvo da maioria dos jovens (se não de sua totalidade).
Foi-se época em que arranjar marido (ou esposa) rico era a mais segura, se não a única, alternativa de ascensão socioeconômica. Encaremos nossos futuros como possibilidade de transformação através do que amamos fazer. Teremos êxito seja no que for desde que sejamos competentes nisto. Na vida, escolhas são inevitáveis, porém imprescindíveis. Elas devem ser levadas a sério, afinal estamos tratando das nossas vidas, mas nunca esquecendo que nada é eterno, nada é definitivo e sendo assim podemos mudar sim, e sempre!
By: Paulo Hugo (PH)